A disrupção digital está redefinindo os paradigmas da saúde, revolucionando a prestação de serviços e a experiência dos pacientes. No entanto, a verdadeira transformação vai além da simples adoção de tecnologias, exigindo uma abordagem mais ampla que envolve pessoas, processos, ferramentas e modelos de negócio – o que te trouxe até aqui, não significa necessariamente que te levará para o futuro. É nesse contexto que a integração dos princípios do ESG (Ambiental, Social e Governança) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU se torna essencial para alavancar os resultados dessas implementações tecnológicas.

A transformação digital na saúde representa uma mudança expressiva de mentalidade e cultura, provocando os tomadores de decisão não apenas a buscarem a eficiência, digitalização e a qualidade dos serviços, mas também a responsabilidade social, a sustentabilidade ambiental e o aumento no acesso aos cuidados médicos. Essa abordagem holística busca otimizar os processos, melhorar a experiência do paciente e criar valor sustentável a longo prazo. Essa conexão no desdobramento estratégico dos projetos e gestão de dados eficaz gera uma série de benefícios para as organizações. Além de melhorar sua reputação e atrair investimentos e talentos qualificados, ela permite que as empresas contribuam para um mundo mais justo e equilibrado, promovendo práticas sustentáveis e éticas em suas operações.

Tecnologias como inteligência artificial, análise de dados e telemedicina têm o potencial de revolucionar a maneira como os cuidados médicos são prestados, proporcionando acesso mais amplo, redução de tempos de espera e personalização do tratamento. No entanto, a união dessas tecnologias com os outros 3 pilares da transformação além do digital é necessária e não isenta os demais desafios, como investimentos em infraestrutura tecnológica, adaptações organizacionais e garantia da segurança dos dados.

Apesar de todos os obstáculos, as instituições de saúde têm uma oportunidade única de liderar a inovação no setor e promover práticas transformadoras e inclusivas para sociedade.

Ao adotar uma abordagem colaborativa e comprometida com o bem-estar da comunidade, elas podem se tornar agentes de mudança, promovendo programas de medicina preventiva e ações de alto impacto para todos.

Essa integração da transformação além do digital com ESG e os ODS é primordial para mensurar os impactos da disrupção tecnológica e para construir um futuro mais sustentável, inclusivo e de longo prazo na área da saúde.

Juliana Barros é head de Transformação Digital Sustentável.

Fonte: Medicina S/A