*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Chile e Peru.
Os avanços tecnológicos que temos presenciado nos últimos anos têm provocado verdadeiras transformações em todos os setores da economia mundial. Um dos segmentos que mais têm sentido essa movimentação é o da saúde. De forma um tanto quanto abrupta, e impulsionados por uma pandemia, profissionais de saúde e gestores de instituições de diferentes tamanhos, se viram forçados a ingressar no mundo digital.
Quando focamos nos médicos, é preciso que essa classe (já tão habituada a sempre reciclar seus conhecimentos) atue ainda mais fortemente na busca por soluções inteligentes que impactem positivamente sua relação com os pacientes. Em todo território nacional, as healthtechs saltaram 16,11% entre 2019 e 2022, somando 596 iniciativas atualmente, de acordo com estudo da Liga Ventures.
Dentre todas as soluções, se destacam aplicações para oncologia, nutrição, planos e financiamento, autismo, bem-estar físico e mental, inteligência de dados, sênior techs e saúde no trabalho. Tais dados confirmam que há uma vasta gama de empreendedores atentos às necessidades de médicos no Brasil, visando entregar soluções cada vez mais assertivas e que possam, em última instância, proporcionar experiências de alto valor agregado para os pacientes.
Outro ponto de atenção nessa jornada, é que os médicos precisam se atualizar e estarem abertos a um aculturamento digital. O que quero dizer com isso é que é possível estudar e fazer uso de redes sociais para gerar conteúdos de qualidade e criar engajamento e conexões com diferentes gerações de pacientes, impactando positivamente todos os canais de contato com essas pessoas.
Por fim, destaco que os tempos mudaram e o paciente agora é o chamado “phygital”, ou seja, que gosta de conectar o mundo físico e o digital, deseja as facilidades tecnológicas, mas não abre mão de um bom atendimento (e acolhimento) humano. Portanto, é imperioso que os profissionais de saúde mergulhem de vez nas soluções inovadoras que as healthtechs entregam ao mercado, sem abrir mão do olhar humano e de carinho com cada paciente.
